Quer contratar um seguro auto? Saiba como e por que o perfil do condutor influencia o preço

Quem tem, sabe: ter seguro auto é se sentir seguro, pois, assim, você dirige tranquilo, despreocupado – certo de que não sobrevirão gastos extras com o veículo decorrentes de infortúnios como furtos, roubos e colisões, por exemplo.

No entanto, muitas pessoas têm dificuldade em contratar uma apólice adequada ao seu veículo por desconhecer aspectos e condições que inclusive interferem no preço final do serviço – como o próprio perfil do segurado.

Pensando nisto, preparamos este breve e didático artigo, que pretende esclarecer e revelar como e por que o perfil do condutor/segurado influencia o preço final do seguro auto. 

O perfil do condutor para fazer um seguro auto

Afinal, você já sabia que o seu perfil como condutor influencia decisivamente no valor da apólice? É isto mesmo, aspectos etários, geográficos e históricos – como tempo de habilitação e sinistros anteriores –, os quais compõem o seu perfil como condutor e segurado, interferem no preço final.

Basicamente, funciona assim, são estes os aspectos do perfil do segurado que influenciam no valor da apólice:

Tempo de habilitação: motoristas mais experientes tendem a ser mais habilidosos e cuidadosos, com menos chances - em comparação às pessoas recentemente habilitadas - de danificarem o carro.

Uso do carro: Caso seu carro seja apenas de uso para lazer ou para locomoção diária fica menos exposto a ocorrências de trânsito em comparação às pessoas que usam seus veículos comercialmente, como: para entregas, táxis, motoristas de aplicativos ou visitas a clientes e demais. Nessa situação, quanto mais exposta a riscos, maior será o prêmio cobrado pelas seguradoras em seu seguro.

A família do motorista: Motoristas que moram com jovens com idade entre 18 e 25 anos verão seu seguro encarecer. Mesmo que eles não conduzam sempre o veículo, as seguradoras entendem que podem eventualmente pegar o carro, elevando o risco de acidentes. É importante contratar uma cobertura específica para esses motoristas!

O estado civil dos motoristas: Solteiros, divorciados e até mesmo viúvos, pagam mais do que os casados. O apurado é que o índice de sinistros entre os não casados talvez seja maior porque os outros tendem a ter uma vida social mais ativa, usando e expondo mais o carro.

O sexo dos motoristas: É certo que homens se envolvem proporcionalmente mais em sinistros do que as mulheres, o que justifica a cobrança um pouco mais elevada, no seguro auto, para homens. Em tese, explicam especialistas, as mulheres costumam ser mais cuidadosas ao volante e saem menos à noite com o carro. Este aspecto, no entanto, à medida que as mulheres têm conquistado espaço no trabalho fora de casa, mostra-se cada vez mais menos preponderante, embora ainda exista;

Histórico de sinistros: caso o segurado seja recorrente em sinistros, ou seja, já tenha se envolvido em outras ocorrências anteriormente (acidentes, roubos de carros sem seguro etc), há também majoração do preço final;

O local onde o motorista mora: Quem mora em apartamento de prédio pode pagar menos que o motorista que mora em casa ou condomínios fechados, por exemplo. Talvez seja devido a prédios, os veículos ficarem menos expostos, pois costuma haver uma vigilância de um porteiro e alguns eventuais equipamentos ou sistemas de segurança. Já em casas, a entrada e a saída da garagem são mais vagarosas e existe menos vigilância. 

Região: a seguradora também leva em consideração as condições de segurança por região, com base em dados oficiais que indicam o nível de violência nas cidades, bairros e setores onde o segurado mora e trabalha, por exemplo.

O local onde o veículo ficará estacionado: Deixar seu carro na garagem ou em estacionamentos fechados com portão eletrônico ou manual, diminui as chances de roubo, furto e de alguns acidentes. O simples fato de ter garagem em casa pode reduzir o preço em até 25%. O local onde o carro ficará estacionado também influencia na cotação do seguro, pois automóveis que ficam na rua estão mais sujeitos a roubos, a furtos e a serem atingidos por outros veículos. Nesse caso, o valor do seguro será mais alto, pela maior probabilidade de ocorrência de sinistros. Veículos que ficam sempre em garagens, sejam residenciais, sejam do local de trabalho do segurado, por sua vez, pagam menos na contratação.

Nunca omita ou dê informações divergentes do real uso do seu veículo para a seguradora para baixar o preço da apólice. Na hora de informar o perfil do motorista para o corretor, é fundamental que todos os dados sejam verdadeiros. Qualquer incorreção pode fazer o segurado perder o direito à indenização em caso de sinistro. As companhias de seguros têm maneiras de averiguar a veracidade dos fatos e podem se recusar a pagar pelos danos caso constatem alguma irregularidade. Ou seja, não adianta contar uma “mentira branca” para tentar reduzir o risco do seu perfil. Nada de dizer que não há pessoas com idade entre 18 e 25 anos morando com o condutor principal ou fazer o seguro no nome da esposa, sendo que o marido fica a maior parte do tempo com o carro. E, para os jovens de mais de 25 anos, nada de emprestar o carro para aquele amigo de 24 anos dar uma volta. A idade do motorista que causou o acidente é o fator mais sério quando se fala em perda de direito à indenização.

Gostou de descobrir alguns dos aspectos que compõem o tão falado “perfil do segurado”? Em qual deles a sua realidade se encaixa nos pontos que fazem o preço sofrer algum impacto?

Ah! Um aspecto não mencionado nas linhas anteriores que também é levado em conta pela seguradora na hora de dar o preço final são as infrações no trânsito. Os bons motoristas normalmente são recompensados, ou seja, que não tem pontos na carteira costuma receber desconto da seguradora.

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